Por Frei José Ariovaldo
da Silva, ofm
Principalmente
em missas mais importantes, com grande afluxo de pessoas vindas de diferentes
lugares, existe muitas vezes, em nossas igrejas, o costume de dizer o nome de
quem vai proclamar a palavra de Deus. “Quem vai fazer a leitura é fulano...”,
proclama lá na frente o(a) comentarista para toda a assembléia reunida.
O
nome de alguém sempre foi muito importante. Ele representa a própria pessoa. E
dizer o nome da pessoa, conseqüentemente, significa colocá-la como que em
primeiro plano, dar-lhe destaque frente à assembléia. É muito importante.
A Constituição
sobre a Liturgia, do concílio Vaticano II, nos ensina que, “é Cristo mesmo que
fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja” (SC 7). Portanto, quando
na liturgia se fazem as leituras, se canta o salmo e se proclama o Evangelho, é
Cristo mesmo que se comunica com seu povo reunido. Ele é o personagem central,
o grande protagonista da ação litúrgica. “Na liturgia Deus fala a seu povo.
Cristo ainda anuncia o Evangelho” (SC 33). É o que nos ensina a Igreja.
Assim
sendo, quando o(a) comentarista diz o nome da pessoa que vai proclamar a
palavra de Deus na liturgia..., sabe o que acontece? Acontece uma espécie de
deslocamento de eixo, um “desvio de atenção” em relação Àquele que deveria ser
o personagem central e único do momento celebrativo. A atenção que deveria ser
voltada toda só para o Senhor que nos fala, para a sua Palavra, essa atenção de
repente é desviada, mesmo que seja por um instante só, para o nome da pessoa
que vai fazer a leitura. O nome da pessoa tomou o lugar da Palavra... Aconteceu
uma espécie de “ruído” teológico-litúrgico, uma desconcentração.
Pensemos!
Naquele momento, no momento da Palavra, importante mesmo, mais importante que
tudo, e que unicamente merece destaque, é o Nome por excelência, isto é, o
Verbo que nos fala! Por isso, vale aqui aquela máxima do profeta João Batista:
“É necessário que ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). É necessário que a
Palavra apareça, e quem a proclama diminua.
Assim sendo,
por causa da insubstituível dignidade que a palavra de Deus tem, fica claro que
se deve realmente evitar dizer o nome da pessoa que vai fazer a leitura na
missa ou em outras celebrações litúrgicas. E assim estaremos também colaborando
para que a Palavra, acima de tudo ela, apareça e cresça em toda a sua pujança
no coração da assembléia litúrgica!...
E
se você fizer questão de dizer o nome do leitor ou da leitora, faça-o talvez
antes de a missa começar, mas não em plena celebração da liturgia. Por que?
Você já sabe!... Por causa da importância central da Palavra na celebração
litúrgica, tão enfatizada pelo concílio Vaticano II há quarenta anos já
passados.
Perguntas
para reflexão pessoal e em grupos:
1)
Em sua comunidade, há o costume de dizer o nome da
pessoa que vai fazer a leitura durante a liturgia?
2)
O que acontece de importante na hora em que se proclama
uma leitura na missa ou em outras celebrações litúrgicas?
3)
Por que então se deveria evitar dizer o nome da pessoa
que vai proclamar a Palavra, durante a celebração?
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