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sábado, 8 de setembro de 2012

Eu paro para refletir de vez em quando?

SEI QUE POUQUÍSSIMAS PESSOAS LERÃO ISTO,MAS ATENÇÃO:
  • VALE MUITO A PENA LER A NOTA DE R$ 100,00


Um famoso palestrante começou um seminário numa sala com 200 pessoas, segurando uma nota de R$ 100,00.

  • Ele perguntou:


“Quem de vocês quer esta nota de R$ 100,00?”

Todos ergueram a mão...

  • Então ele disse:

“Darei esta nota a um de vocês esta noite, mas primeiro, deixem-me fazer isto...” Então, ele amassou totalmente a nota. 

  • E perguntou outra vez: “Quem ainda quer esta nota?” 

As mãos continuavam erguidas. E continuou: “E se eu fizer isso...” Deixou a nota cair no chão, começou a pisá-la e esfregá-la. Depois, pegou a nota, agora já imunda e amassada e perguntou: 
  • “E agora?” “Quem ainda vai querer esta nota de R$ 100,00?” Todas as mãos voltaram a se erguer. 
  • O palestrante voltou-se para a platéia e disse que lhes explicaria o seguinte: 
“Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês continuaram a querer esta nota, porque ela não perde o valor.
Esta situação também acontece conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos nos sentindo sem importância. Mas não importa, jamais perderemos o nosso valor. Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa! Nada disso altera a importância que temos. O preço de nossas vidas, não é pelo que aparentamos ser, mas pelo que fizemos e sabemos.”

  • Agora, reflita bem e procure em sua memória:

Nomeie as 5 pessoas mais ricas do mundo.
Nomeie as 5 últimas vencedoras do concurso de Miss Universo.
Nomeie 10 vencedores do prêmio Nobel.
Nomeie os 5 últimos vencedores do prêmio Oscar, como melhores atores ou atrizes.

  • Como vai? Mal, né? Difícil de lembrar? 
Não se preocupe. Ninguém de nós se lembra dos melhores de ontem.Os aplausos vão-se embora. Os troféus ficam cheios de pó. Os vencedores são esquecidos.

  • Agora faça o seguinte:
Nomeie 3 professores que te ajudaram na tua verdadeira formação.
Nomeie 3 amigos que já te ajudaram nos momentos difíceis.
Pense em algumas pessoas que te fizeram sentir alguém especial.
Nomeie 5 pessoas com quem transcorres o teu tempo.
  • Como vai? Melhor, não é verdade?
As pessoas que marcam a nossa vida não são as que têm as melhores credenciais, com mais dinheiro, ou os melhores prêmios.

São aquelas que se preocupam conosco, que cuidam de nós, aquelas que, de algum modo, estão ao nosso lado.


  • Reflita.

Tudo precisa de planos!

 

Nossa vida, trabalho profissional e pastoral, casamento, amizades, filhos e etc… Tempo gasto / investido com planejamento reduz seu tempo com execução e prazo de cumprimento de seus objetivos.

1. NÃO PLANEJE O MAL - Você tem algum plano e não quer ser pego?

Provérbios 3:29: 
“Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente.”

Provérbios 6:16-18: “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,”

Provérbios 24:8:  
“Ao que cuida em fazer o mal, mestre de intrigas lhe chamarão.”

2. PLANEJE COM ORAÇÃO - Tenha seu tempo com Jesus ANTES de tomar decisões e preparar seus planos.

Provérbios 16:3:  
“Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos.”

O catecismo da Igreja católica nos adverte que devemos buscar constatimente ajuda do Espírito Santo para nossos problemas.

3. PLANEJE MAS BUSQUE CONSELHOS COM QUEM CONHECE DO ASSUNTO - Alguns não buscam conselhos porque são orgulhosos, não querem pessoas se metendo em sua vida, nem invadindo a sua privacidade...

Provérbios 15:22:  
“Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.”

Provérbios 20:18:  
“Os planos mediante os conselhos têm bom êxito; faze a guerra com prudência.”

4. TRABALHE NO SEU PLANO - Execute o que você planejou.

Provérbios 21:5:  
“Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.”

Diligente = Trabalhador

5. AJUSTE SEU PLANO - Nem sempre o que você planeja é a vontade do Pai, então esteja pronto pra ajustar seu plano a qualquer hora.

Provérbios 16:9: 
“O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.”

Provérbios 19:21: 
“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá.”

6. JESUS E OS PLANOS – Somos alertados por Jesus sobre a importância de calcularmos / planejarmos antes nossas decisões.

Lucas 14:28-32: 
“Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.”

7. PAULO E O PLANEJAMENTO – Paulo nos mostra que a falta de planejamento nos faz perder tempo e gastar energias. O planejamento nos indica o caminho que vamos seguir e o objetivo que queremos alcançar.

1 Coríntios 9:23-27: 
“Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.

PERGUNTAS IMPORTANTES:

1. Em geral, como você está em relação ao planejamento e execução do seu plano? Por quê?

2. Quais são as 3 coisas/pessoas que mais estão consumindo você emocionalmente? Por quê?

3. Onde está a maior força e fraqueza dos seus planos? Por quê? 
  •  Lembre-se o que Dr. Lair Ribeiro costuma dizer: "Trabalhe sempre os pontos fortes e o resto melhora junto".

4. Quem te aconselha na elaboração dos seus planos? Por quê?

5. O que você pode fazer para planejar melhor?

6. Você sabe o que é um Diretor Espiritual? Quem pode ser o teu Diretor Espiritual?



Que o Senhor Jesus nos capacite para não planejarmos o mal, para orarmos e buscarmos conselhos durante todos os planos, para executarmos os planos e estarmos sempre disponíveis para ajustar o que for necessário.

Observação: Os primeiros 5 pontos contém ideias do Mark Driscoll sobre o tema.



Setembro mês da Bíblia




Estamos em setembro, e no Brasil já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”. Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o Mês da Bíblia em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30. 

São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do Papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por esse santo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa "popular" e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias.

Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-Lo no mundo presente, tão necessitado de Sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo  é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).

A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação à nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer de que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas  as palavras da Sagrada Escritura têm seu sentido definitivo n'Ele, porque é no mistério de Sua Morte  e Ressurreição que o plano de Deus Pai para a nossa salvação se cumpre plenamente.

Dom Raymundo Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida
09/09/2011 - 08h30

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O SENHOR ESTEJA CONVOSCO




Pe. Gregário Lutz, cssp

Na liturgia manifesta-se a Igreja, a Igreja como povo de Deus, como família do Pai do céu, como corpo de Cristo. Não podemos definir a Igreja sem nos referir a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo. Ela é uma realidade humana e divina.

Em geral, a vida e a atividade da Igreja apare¬cem como algo humano, às vezes, humano demais. É sobretudo na liturgia, na assembléia dos fiéis reunidos, que ela se manifesta em suas duas dimensões. Aí se vê que a comunidade eclesial tem alguém que a preside, mesmo que seja mais de uma pessoa, um casal ou até um grupinho de três. Eles representam a cabeça deste corpo, que é Jesus Cristo, além de garantir a realização orgânica da assembléia.

Também quando eles falam, esta organicidade da Igreja, do corpo de Cristo, aparece. O sacerdote que preside a missa diz como representante de Cristo: "O Senhor esteja convosco". Ele lembra assim o que Jesus falou antes da sua ascensão: "Estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos" (Ml 28,20).

Do mesmo modo, como Jesus, antes de subir ao céu, estendeu suas mãos sobre os discípulos, abençoou-os e os enviou ao mundo, assim quem preside a missa ou outra celebração diz no fim da mesma: "Abençoe-vos Deus todo-poderoso..." e, para lembrar mais uma vez que o Senhor está conosco não apenas quando estamos reunidos na Igreja, mas também quando lutamos na vida dispersos pelo mundo afora: "Ide em paz e o Senhor vos acompanhe! ".

Não é preciso mencionar que não há problema nenhum em dizer "O Senhor esteja com vocês", em lugar de "convosco". Problemático parece se disséssemos "O Senhor esteja conosco". Pois as¬sim Jesus, nosso irmão maior, não apareceria mais como cabeça do seu corpo. E, além e antes disso, não apareceria mais que a Igreja como comunidade precisa para a sua vivência orgânica, como qualquer sociedade ou até clube, de alguém que coordene suas atividades.

Nesse sentido, seria só coerente que também um leigo que preside uma celebração dissesse: "O Senhor esteja convosco" e "Abençoe-vos...". Com isso não se negaria a conformidade especial dos ordenados com Cristo-Cabeça de sua Igreja. Por outro lado, não seria uma solução boa dizer como, às vezes, os padres e mesmo bispos o fazem: "O Senhor esteja conosco", porque assim não ficaria claro e evidente que a Igreja é um corpo com muitos membros e uma cabeça.

Aliás, aquilo que a Igreja aprendeu de Jesus e costumou fazer durante dois mil anos, penetrou tão profundamente nos costumes humanos, que isso nos permite observar uma verdadeira e profunda inculturação. Pois não somente dizemos "Bom dia" quando nos encontramos e nos cumprimentamos, mas, dirigindo-nos à outra pessoa, também dizemos "Como vai?" e, na despedida, "Passe bem!" e "Vai com Deus!". E quando o filho pede a bênção ao pai, este dirá: "Deus te abençoe!".Ninguém diria:"Como vamos? Passemos bem! Deus nos abençoe!".

Portanto, manifestando na liturgia que a Igreja tem uma cabeça, estamos realmente caminhando nas pegadas de Jesus que se encarnou e se inculturou e nos deixou a mesma missão que ele tinha recebido do Pai, de mostrar ao mundo que tudo que existe tem sua origem e seu fim em Deus e que ele nos acompanha e protege através de seu Filho e no Espírito Santo nesta peregrinação terrestre. Isso não impede que quem preside a assembléia litúrgica o faça, a exemplo de Jesus, como servidor de todos, entregando-se e doando-se para que seus irmãos e irmãs tenham a vida, e vida em abundância.

(artigo publicado na Revista de Liturgia, novembro/dezembro de 1998, n. 150, p.27)

Perguntas para reflexão pessoal e interAção em grupos:

01.    O que nos chama a atenção nesse artigo?
02.    Por que se deve dizer sempre o Senhor esteja convosco ou o Senhor esteja com vocês?
03.    Quem deve fazer a saudação quando a assembléia está reunida?
Quem nos saúda e acolhe na pessoa do ministro?

COMO NASCEU O D0MINGO




Frei José Ariovaldo da Silva, OFM

Geralmente, quando morre uma pessoa muito querida (sobretudo quando é da família), de repente, dois ou três dias depois, bate na gente uma profunda saudade... E dá uma vontade louca de visitar a sepultura daquela pessoa. E a gente vai, leva flores, faz orações, chora. Foi o que aconteceu comigo quando faleceu minha irmã e, logo depois, minha mãe.

Foi o que aconteceu quando Jesus morreu. Três dias depois – era o primeiro dia da semana –, Maria Madalena e outras mulheres foram bem cedinho fazer uma visita à sepultura de Jesus. Ao chegarem lá, um imenso susto!... Encontraram a sepultura aberta! Vazia! (cf. Mt 28,1-7; Mc 16,1-7; Lc 24,1-8; Jo 20,1-2.11-13). Apavoradas, não contém as lágrimas. Ali mesmo, de repente elas têm uma visão, avisando que Jesus ressuscitou... E Jesus mesmo logo aparece, e fala com Maria Madalena e as outras mulheres (cf. Jo 20,14-17; Mt 28,8-10; Mc 16,8; Lc 24,9-11).

Elas, então, saem correndo a avisar: "Vimos o Senhor! Ele está vivo! Ele falou com a gente!". João e Pedro vão correndo ver a sepultura, e constatam: Realmente, aconteceu como as mulheres disseram. E se fosse só isso!  Jesus também aparece e conversa com dois discípulos a caminho de Emaús (cf. Lc 24,13-35), aparece e conversa com os apóstolos escondidos numa sala de jantar, falando-lhes de paz, dando-lhes o Espírito Santo e ordenando-lhes a anunciar a notícia por todos os cantos da terra (cf. At 1,4-8; Mc 16,14-18; Lc 24,36-48; Jo 20,19-25).

Numa palavra, tudo isso deve ter causado um grande alvoroço... Era até difícil acreditar!... O luto e a tristeza pela morte do Senhor, o desânimo, a frustração, a sensação de derrota amargando a vida, de repente são substituídos por uma imensa alegria, um intenso júbilo, um saboroso gosto de vitória... Jesus está vivo! Ressuscitou!

Agora vejam: Tudo isso aconteceu no "primeiro dia da semana" (Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1.13; Jo 20,1.19)! Naquele tempo, entre os judeus, a semana começava com o dia seguinte após o sábado. Jesus morreu no sexto dia (para nós hoje: sexta-feira) e passou o sábado (sétimo e último dia) na sepultura... E foi precisamente a partir do seguinte, o “primeiro dia da semana”, que os discípulos e discípulas sentiram que tudo se renovou... A partir deste dia a Vida foi sentida como mais forte do que a morte.

Por isso, por ser o “primeiro dia da semana”, este dia passou a ter para os cristãos um sentido simbólico especialmente profundo. Primeiro, porque ele nos lembra o início da criação do mundo. A saber, foi nesse "primeiro dia" que Deus deu início à criação. E fazendo o que? Criando o sol (cf. Gn 1,3-5)! Agora, com o despontar do novo Sol na pessoa do Ressuscitado, esse mesmo dia (o "primeiro da semana"), passou a ser o dia da Nova Criação, o dia do começo da Nova Vida para Jesus e sua Comunidade.

O "primeiro dia da semana" se tornou, para os cristãos, o dia memorável, inesquecível. O dia mais importante da semana! Precisamente por causa da impressionante vitória da Ressurreição. Tanto que até deram um nome a este dia. Passaram a chamá-lo de dia do Senhor (cf. Ap 1,10). Em latim: dies dominica, de onde vem a palavra “domingo”: Assim surgiu o “domingo”, que significa exatamente isso: "dia do Senhor".

Neste dia, passando da morte para a vida, Cristo se tornou "o Senhor dos vivos e dos mortos" (Rm 14,9). Ninguém mais domina sobre Ele. Ele é o Senhor... (cf. Fl 2,9-11). Por isso que o primeiro dia da semana agora é d'Ele, do Senhor, é Domingo. Mais que isso, podemos até dizer que Domingo é Ele mesmo. Pois, como vencedor das trevas do pecado e da morte, Ele agora é o Dia que não tem fim, o Primeiro Dia, o Senhor dos dias... O primeiro dia da semana agora é do Senhor, é Domingo, porque, neste dia, Cristo vem como o Senhor dos dias, o Primeiro, a Luz que nunca mais se apaga, o Sol que não conhece ocaso.

Perguntas para a reflexão pessoal e interação em grupos:
 
1)   Em sua vida, existe algum dia que para você se tornou especial, inesquecível, memorável? Por que? Em que dia da semana foi?
2)   Por que será que o primeiro dia, de repente, se tornou o dia mais importante da semana para os discípulos e discípulas de Jesus? O que foi que aconteceu mesmo com eles(as) e com a gente, para que este dia se tornasse tão especial?
3)   No texto que você acabou de ler, o que foi novidade para você?
4)   Pode dizer o que significa a palavra "domingo"? E por que os cristãos deram esse nome ao primeiro dia da semana?

UM DESAFIO: O QUE FAZER COM O DOMINGO?


Frei José Ariovaldo da Silva, OFM

Durante longo percurso histórico (sobretudo no segundo milênio), em nossa Igreja, uma grande maioria de cristãos viu no domingo apenas o frio cumprimento da “lei” do descanso e do culto, sem motivação teológico-espiritual. Simplesmente se guardava o domingo e se ia à missa neste dia porque existia uma lei da Igreja que obrigava...

Hoje, já vivemos outra situação. Lá por sexta-feira ou sábado, quando as pessoas se despedem uma da outra, já é bastante comum dizer: "Bom final de semana!". Não se diz mais "bom domingo", como antigamente. Com algumas exceções, é claro... Mas, para uma grande maioria, o importante não é mais o domingo. O mais importante é o final de semana, do qual faz parte também esse dia. Temos que admitir que, para muita gente, o domingo simplesmente foi substituído pelo “final de semana”.

No mundo e na sociedade em que vivemos hoje, o domingo tem como característica a suspensão dos trabalhos. Trata-se de dia de folga e de folguedos, com início já na sexta à noite. Dia de lazer. Dia próprio para passear, viajar, fazer turismo, visitar amigos e parentes, brincar, ir à praia, fazer uma pescaria. Dia próprio para dormir um pouquinho mais, assistir um jogo de futebol, ir ao cinema, ao teatro, a um show, à igreja, comer num restaurante etc. Tanta coisa se faz no domingo, ou melhor, no final de semana. Existe inclusive toda uma indústria de prestação de serviços para atender à imensa demanda de lazer dos homens e mulheres de hoje. São as chamadas indústrias do lazer. Empresas de turismo, hotéis, restaurantes etc., para atender à folga dos finais de semana.

Para outros, mesmo sendo o dia próprio do lazer, o domingo também não deixa de ser um dia de trabalho. Certas necessidades do mundo hodierno obrigam pessoas a trabalharem nesse dia. Nos serviços de transporte, nos hospitais, em grandes indústrias com funcionamento ininterrupto, em indústrias do lazer etc. Outras pessoas, devido ao sufoco econômico que passam, aproveitam a folga do domingo para fazer algum biscate. Outras aproveitam a folga para construir ou reformar a casa, participar de algum mutirão... E assim por diante.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou em 1989 um documento sobre a “animação da vida litúrgica do Brasil”. É o famoso Documento 43. Nele, a CNBB aponta para as seguintes dificuldades em relação ao domingo:

 “Sentimos fundo no coração a deturpação do domingo, imposta pelas injustiças e pelo consumismo de nossa época dominada pelo espírito secularista. Alguns são obrigados a trabalhar no domingo por imposição de suas profissões. A caridade com que exercem seus deveres é seu sacrifício espiritual, já que estão impedidos de celebrar plenamente o dia do Senhor. Inaceitável, outrossim, é a sociedade que obriga multidões à luta pela sobrevivência por causa do trabalho mal remunerado, que desfigura o Domingo feito dia de horas-extras. A própria realidade urbana dificulta, muitas vezes, a vivência cristã do Dia do Senhor. Lamentamos também o consumismo secularista, que leva centenas de pessoas ao mero lazer, viagens e programas, que mais parecem criados para distrair ou dirigir as atenções em direção oposta ao culto e à religião. Corremos também o risco de esvaziar o sentido do Domingo com o excesso e superposição de comemorações, que pretendemos realçar neste dia, sem notar que não sobra espaço para celebrar o mistério pascal..." (n. 117-119).

Diante destas dificuldades, e de outras que eventualmente se possam apontar, nos perguntamos agora: Tem valor e sentido ainda o domingo? Se o tem, qual seria? Voltaremos ao assunto, tentando responder a estas questões.

         Perguntas para reflexão pessoal e interAção em grupos:

  1. Como passamos o domingo em nossa comunidade? O que fazemos?
  2. Como passamos o domingo na família? O que fazemos?
  3. O que está sendo mais valorizado nesse dia?
  4.  Além das dificuldades acima apontadas, que dificuldades você indicaria a mais, em relação ao domingo?
  5. Que dificuldades maiores você pessoalmente sente em relação do domingo?
  6. Entre as dificuldades todas, qual você julga a mais séria, e por que?